Nos dias de hoje as empresas tem tido dificuldades de reter e atrair talentos, muito se deve ao fato do momento de incertezas e visão atual da política econômica do país, o qual tem sinalizado para aumentos de impostos, o que acaba aumentando o custo fixo interno das empresas e que não pertence ao trabalhador. Além deste fator, o mercado na escassez de profissionais realmente qualificados gera um ambiente competitivo na busca de talentos,
Com as mudanças na reforma trabalhista aprovada em novembro/2017, fez com que á área de Gestão de Pessoas buscassem modernizar as formas de atração e retenção de talentos, sendo uma delas o pagamento variável através de resultados obtidos, onde se estanca o custo fixo e abre caminho para o que chamamos de ganha a ganha ou todos ganham ou todos deixar de ganhar, portanto a forma de remunerar de acordo com sua produtividade e resultado final vem sendo desenvolvida com critérios claros em diversas empresas.
Estas mudanças ajudam na criação de formas mais eficientes de remuneração, o que motiva toda equipe envolvida seja de forma direta ou indiretamente de um resultado, está claro que as empresas e profissionais de gestão de pessoas irão enfrentar. Remunerar seus colaboradores sem estar ligados aos resultados da empresa geralmente elevam custos fixo, uma vez que salário não se reduz e cria pouco comprometimento das equipes com os resultados, permanecendo apenas o trabalho pelo salário fixo, tornando de um lado empresa preso a elevação do custo e do outro o colaborador estagnado em ganhos sem previsão de grandes saltos. O mercado e sua estratégia de manter conceitos clássicos de remuneração inibe a atração de grandes talentos e cria um estado de letargia em seu crescimento, portanto ser criativo na forma de remunerar salários na mediana de mercado, pacotes de benefícios e ganhos variáveis pelo resultado, torna a empresa mais competitiva e com possibilidades de ter em seu quadro profissional colaboradores de ponta, o que deixa claro a nova tendência.
As empresas devem buscar critérios de remuneração ligados aos seus objetivos estratégicos, criando a cultura do quanto se ganha em sua totalidade, o que chamamos de “Total Compensation”, que é o resultado do recebimento de salário fixo, mais modelos de salários indiretos, através de pacotes de benefícios seja ele flexível ou não, além da política do ganho por resultado “variável”. O benefício flexível vem se tornando mais uma tendência de mercado, onde parte do pacote de benefício oferecido poderá ser de livre escolha atendendo o que realmente satisfaz o colaborador naquele período, com isto, há uma redução de custos por parte da empresa nas questões de impostos.
Realizar a remuneração do colaborador por resultados, somadas a pacotes atrativos de benefícios desenvolve um ambiente saudável, pois há um aumento natural na participação e comprometimento dos colaboradores e dá segurança social e qualidade de vida a este profissional, melhorando significativamente o desempenho individual e do grupo.
Afirmamos então, que a Remuneração Estratégica é um conjunto de diferentes conceitos e forma de remuneração seja ela funcional; salários indiretos; remuneração por habilidades e competências, remuneração variável, participações acionárias e outras formas de se remunerar de acordo com a característica de cada empresa e do contexto em que a mesma esta inserida. Considerando-se que este fato é algo a ser implementado, á área de gestão de pessoas tem a incumbência de criar a cultura de ganho por resultados, preparando seus profissionais para alcançarem as metas definidas, o que os leva a satisfação de pertencer e estar.
As empresas devem compreender seu momento e o que atrai e retém seu talento para compor a remuneração, o que faz todos envolvidos agregar valores para o negócio da empresa tornando-os estratégicos, este é o grande desafio dos profissionais de Gente e Gestão, acompanhar mudanças de mercado e mudar a direção sempre que preciso, saindo do convencional e buscando inovações.